Doula Samara Barth: 2014

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Direito das Gestantes, recém nascido e Pais




Durante a Gestação

  • Realizar seis consultas de pré-natal no Posto de Saúde mais próximo de sua casa e receber uma Declaração de Comparecimento e o Cartão Gestante, que contém todas as informações sobre seu estado de saúde.
  • Receber e manter para si todos os resultados de exames realizados
  • Contar com acompanhamento mensal do desenvolvimento do bebê e da gestação.
  • Fazer exames de urina, sangue, preventivos, além da verificação da pressão arterial e de seu peso.
  • Realizar o parto, que é considerado emergência médica e não pode ser negado à parturiente.
  • Tão logo seja confirmada a gravidez, é direito da gestante ter parte das despesas adicionais decorrentes da gestação, da concepção ao parto, custeadas pelo futuro pai, na proporção dos recursos de ambos, segundo a Lei 11.804/08.
  •  Prioridade no atendimento médico tanto em instituições públicas como privadas.
  • Assentos preferenciais demarcados em todos os tipos de transporte público.

Em relação ao trabalho, de acordo com o Artigo 392 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)

  • Licença-maternidade: de 120 dias (a partir do 8º mês de gestação), sem prejuízo do emprego e do salário, que será integral. Caso receba salário variável, receberá a média dos últimos seis meses. 
  • Trabalhar: A gestação não pode ser motivo de negativa de admissão.
  • Ser dispensada no horário de trabalho: para a realização de pelo menos seis consultas médicas e demais exames complementares.
  • Mudar de função ou setor: de acordo com o estado de saúde e ter assegurada a retomada da antiga posição.
  • Duas semanas de repouso no caso de aborto natural.



Trabalho de Parto e Parto
  • Direito a acompanhante:  A gestante tem direito a acompanhamento durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato" LEI Nº 11.108, DE 7 DE ABRIL DE 2005.
  • Recusa a procedimentos:  Decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente perigo de vida” e a da Lei n. 10.241/1998, em vigor no Estado de São Paulo, determina que a gestante tem o direito de “Consentir ou recusar, de forma livre, voluntária e esclarecida, com adequada informação, procedimentos diagnósticos ou terapêuticos a serem nele realizados”.
  • Decidir livremente sobre a sua pessoa ou seu bem-estar : artigo 24 do Código de Ética Médica, em vigor, que prevê que é vedado ao médico exercer sua autoridade de maneira a limitar o direito do paciente. Determinado pelo  artigo 31 do Código de Ética Médica.
  • Procedimentos de estimulação precoce do trabalho de parto (rompimento de membranas, indução farmacológica, uso de ocitocina endovenoso, dentre outros métodos)
  • Recusa de episiotomia
  • Escolher a posição em que deseja ficar para ter o bebe

É premissa que toda mulher tem o direito de consentir ou recusar, de forma livre, voluntária e esclarecida, com adequada informação, procedimentos diagnósticos ou terapêuticos a serem nele realizados.
A gestante tem o direito de ter atendimento digno, atencioso e respeitoso; de ser identificada e tratada pelo seu nome ou sobrenome
Direito de requerer “por escrito o diagnóstico e o tratamento indicado, com a identificação do nome do profissional e o seu número de registro no órgão de regulamentação e controle da profissão”.


Depois do nascimento do Bebê
  •  Dois descansos diários de 30 minutos para amamentação: até a criança completar seis meses de vida.
  •  Estabilidade no emprego: o que significa que do momento da confirmação da gravidez até cinco meses após o parto a gestante não poderá ser demitida sem justa causa.
  •  Ampliação da licença-maternidade por 60 dias: a critério da empresa, desde que a mesma faça parte do Programa Empresa Cidadã (Lei 11.770/08).
Aos pais empregados a lei assegura a licença paternidade que consiste no afastamento do trabalho durante cinco dias corridos, a contar da data do nascimento da criança; sem prejuízo do salário durante o período de afastamento.





A mulher grávida merece todos os cuidados porque toda criança tem o direito de nascer e se desenvolver em ambiente seguro. E isso só é possível se ela tiver uma gestação saudável e o atendimento adequado no parto.

Texto por Samara Barth


Parto sem dor, é possível?!

Conversando com muitas gestantes e lembrando dos meus bons tempos de barrigão, não é difícil identificar o principal medo de uma grávida, a tal da dor *sic “dilacerante, agonizante, terrível”  do parto normal sem anestesia.



Hoje, quando digo “gente, é uma DELICIA parir!!!” todos olham de olhos arregalados, mas vou contar como acontece.

Durante o trabalho de parto o colo do útero se dilata (abre para passagem do bebe), para que isso ocorra todo o útero se contrai e relaxa em intervalos ritmados, os músculos da vulva e períneo também.

Agora, imagine car@ leitor@, se tem alguém te dando um abraço bem apertado enquanto você tenta com todas as forças abrir os braços, o que acontece? DOR, a danada da dor!

É isso que acontece quando, durante o trabalho de parto, a gestante está tensa, com medo, ou de alguma forma se sentindo ameaçada, instintivamente seu corpo tenta “segurar” o bebe ao mesmo tempo que tenta expeli-lo.

Esse fenômeno  é conhecido como a “tríade maldita” Medo-Tensão-Dor, teoria desenvolvida por Grantly Dick-Read obstetra britânico “pai” no primeiro programa de Nascimento Natural em 1930 na Inglaterra.

Ele observou que as gestantes que davam a luz em suas casas com apoio de familiares, nas posições desejadas em ambiente tranquilo e acolhedor não sofriam no parto, diferente das que tinham os bebes em ambientes desconhecidos e com acompanhamento impessoal.

“Nós sabemos que os neurotransmissores do estresse liberados pelo corpo (catecolaminas) podem interferir com o trabalho de parto, diminuindo o fluxo de sangue para o útero e da placenta, diminuindo as contrações uterinas, e diminui o oxigênio para o bebê.”

As contrações acontecem como ondas do mar, começam bem leves e aos poucos cresce, em seguida diminuem novamente. Ritmadas e constantes, uma a uma fazem lentamente o colo do útero se abrir, cada contração é um passo mais próximo de ter o bebe em seus braços! Espere por elas, as aceite.

Água quente no ventre e costas aliviam o desconforto, massagens e caminhar. SIM!! Gestante tem que ANDAR, quando mais você se movimentar melhor a oxigenação do sangue e facilita a passagem do bebe. Entre uma contração e outra dá tranquilamente para comer, conversar e até dormir!



Posições de conforto

• Apoiada com a barriga pra frente, pode ser em uma cadeira, na cabeceira da cama, segurando alguém pela cintura. A ideia é mudar o centro gravitacional para retirar o peso do bebê do colo do útero e, com isso, aliviar a dor.
• De lado (decúbito lateral esquerdo), melhora o fluxo venoso, descompressão da veia cava.
• Posição agachada (de cócoras), amplia o efeito da contração, auxilia a dilatação e a descida do bebê.



Para ter um parto sem dor, ou algo mais próximo a isso naturalmente, participe de grupos de apoio a gestantes, troque experiências e medos,  leia bastante sobre o parto, escolha uma equipe e que você confie e tenha confiança, planeje com seu companheiro o parto colocando tudo no papel como intervenções que deseja, posição que quer parir, quem vai estar ao seu lado, quem cortará o cordão... 




Namore, curta, viva intensamente o parto antes de ele acontecer! Parece simples mas isso te deixará muito mais tranquila e fora desse ciclo ;)

 Texto por Samara Barth

http://anadoulaenutri.blogspot.com.br/2012/10/posicoes-para-o-parto-escolha-e-sua.html

Amar + Alimentar = Amamentar

Ao contrário do que a maioria das mães imaginam, apesar de ser algo muito natural, amamentar não é sempre uma tarefa fácil. Exige paciência, dedicação e conhecimento!

A Organização Mundial da Saúde prega que os bebes devem ser amamentados exclusivamente até os 6 meses de vida (nada de água, chazinho, suquinho, frutinha, se insistirem que o seu bebe deve consumir qualquer coisa, faça o simples: coma você, afinal tudo que você come vai direto para o leite) e depois até os 2 anos de idade, como alimento complementar.


Você sabe a forma correta de amamentar seu bebe?
·       
  •           Antes de mais nada, fique relaxada, o bebe sente sua tensão, apesar de não estar mais dentro do seu útero ele é capaz de sentir a mãe sente medo, dor, angustia e responde a isso, ficando bem nervoso.
  • ·         Ao pegar o bebe mantenha sempre uma posição em que a barriga do bebe esteja de frente para a sua.
  • ·         O bebe precisa ter boa parte da aureola da mãe na boca, não apenas o mamilo
  • ·         Os lábios do bebe ficarão voltados para fora, como boquinha de peixe e as bochechas cheinhas. 





Se o bebe começar a mamada de forma errada, tire ele da mama com o auxilio do dedo minimo, colocando o dedo no canto da boca do bebe entre a língua e o bico.









Conheça as posições para amamentar e escolha sua!
*Observe que SEMPRE a barriga do bebe esta virada em direção da barriga da mãe.


Logo após o nascimento é comum a mãe produzir um leite aparentemente aguado, chamado de colostro. O colostro é uma vacina natural e importantíssimo para o bebe. Deixe ele mamar a vontade, mesmo que os intervalos sejam muito pequenos entre uma mamada e outra. Quanto  mais a mãe amamentar, maior será a produção de leite.

Não existe leite materno fraco!

O recém nascido busca o peito para matar a fome e se sentir conectado a mãe, seguro e amado.

Machucados nas mamas

O mamilo só vai ficar machucado se a pega do bebe estiver errada, amamentar não dói e não deve doer

Não recomendamos o “preparo” do bico com esfoliações, bucha vegetal, toalha de banho e afins, vão deixar a pele apenas mais sensível e frágil.
Banhos de Sol, com moderação podem auxiliar na cicatrização.

Se as mamas estiverem duras e quentes, massageie bastante a área endurecida,  ordenhe um pouco do leite e faça compressas com água fria (a água quente parece aliviar a dor mais estimula a produção de mais leite).

Texto por Samara Barth

Terceiro Trimestre - Se prepare para a chegada!


Os últimos três meses de gestação, para mim, foram os mais intensos. A certeza que logo meu bebê estaria nos meus braços, o corpo mudando todos os dias e nossos instintos, malucos, querendo preparar o ninho para recepcionar a cria.

Incrível que mesmo com uma tremenda barrigona, parecendo uma Super Moon, a gente tem um estalo de energia para colocar tudo em ordem.

E que delicia, arrumar o quarto, mesmo que você saiba que o bebê raramente vá dormir lá, roupas, brinquedos, estoques de fraldas...

É no final da gestação também que devemos nos preparar com mais carinho física e emocionalmente!  Segue um checlist (com links bons) que pode te ajudar :

  1.  Procurar fazer exercícios físicos leves, como Yoga, Hidroginástica, Pilates e caminhadas
  2.  Se reunir com amigos e familiares para jantares, conversas gostosas e muito carinho 
  3.  Fortalecimento do períneo,  quanto mais preparado menor as chances de uma laceração (machucadinho) durante o nascimento do bebê
  4.  Fazer aquela hidratação nos cabelos, cuidar das unhas e de você <3
  5.  Conhecer a maternidade escolhida, ver o ambiente e tudo que ele oferece
  6.  Colocar o Plano de parto no papel e discutir com seu companheiro, médico e equipe tudo o que você deseja, ou não deseja, durante e depois do parto (tem um modelo bem completo aqui)
  7.   Namorar
  8.  Preparar a mala da maternidade, as roupas do bebê e suas,  deixar sempre em um lugar visível e de fácil acesso
  9.  Tirar MUITAS fotos (dá uma saudade danada da barrigão depois do parto
  10.  Não descuidar da alimentação, comer de 3 em 3 horas coisas Saudáveis, você e seu bebê precisam de muita energia e nutrientes.É no ultimo trimestre que ele vai ganhar mais peso <3
  11.  Namorar BASTANTE
  12.    Pesquisar sobre as fases do trabalho de parto, saber que o corpo está bem, que você e seu bebê estão bem e o que vem em seguida vai te ajudar a ficar mais tranquila e se entregar ao parto.  Tudo começa na nossa cabeça ;)



Eu não fui uma grávida muito simpática no final da gestação, chorava rios, fiquei bem irritada, mas são os hormônios e o melhor de tudo é que PASSA... rs  Mesmo assim pouco antes de parir quis deixar um post simpático (SQN) nas minhas redes sociais avisando que não gostaria de visitas pós parto, e tudo que eu não queria que fizessem  quando fossem nos ver.

Pode soar meio rude, e talvez até seja, mas nas primeiras semanas de vida do bebê estamos nos adaptando a nova rotina, ao bebê, ao nosso corpo, aos hormônios que voltam a gritar dentro da gente. É um momento que normalmente a mulher quer ficar apenas com os familiares mais próximos, sem se preocupar com roupa, olheira, roupa suja de leite etc... rs



E você, o que tem preparado para receber seu bebê?


Texto por Samara Barth
Doula

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Relato de Nascimento da Manu, Erika e Clayton (Parto Domiciliar)

Bom pra começar tenho 20 anos e 2 filhos (para muitos isso é um absurdo) pra mim, tudo que eu mais queria em toda minha vida. Ser mãe independente da idade é descobrir que na vida nada pode ser mais apaixonante quer ser mãe.
Bom no meu primeiro parto (João) foi toda aquela correria na hora da contração, aquele desespero de ir para o hospital. La vi muitas coisas que me deixaram assustada tive muitas intervenções, tomei soro, quase estouraram minha bolsa só não estouraram porque no momento que falaram que elas iam estourar a bolsa se rompeu sozinha, foi feito uma episio, levei pontos mas pelo menos menos tive um parto normal.
Se passaram 1 ano e 8 meses e eu descobri que estava grávida novamente no começo fiquei meio em choque mas depois foi só alegria e com 8 semanas de gestação vi uma publicação no face que falava sobre o parto humanizado, que iria ter uma palestra em uma igreja, e logo me interessei e pedi para ima amiga ir comigo a Daphne topou na hora, chegando la eu e o Clayton escutamos cada palavra, cada lagrima, toda a emoção que aquela moça falava uma pessoa que a gente via que falava tudo com o coração falava por aprendizado, acabando a palestra a gente foi falar com ela e naquele momento conheci a Giovana e ela me falou sobre o AGE (grupo de apoio a gestante)logo me interessei mas sempre fui meio tímida então no começo pensei muito para ir,mas quando decidi ir me surpreendi com o amor de cada uma, do acolhimento em que fui recebida.
E la fui aprendendo muito, me interessando ainda mais pelo assunto, cada encontro em que eu ia era uma alegria a mais que eu ficava, conheci também a Suzana e a Samara duas também que estavam ali pra oque der e vier, na hora que fosse, para tirar qualquer duvida.
E com 35 semanas fiz um ultrason em que o medico falou que meu bebe estava com restrição de crescimento e me assustou com muitas coisas a mais, naquele momento meu chão caiu perdi o sentido de tudo me sentia culpada pensando que eu tinha feito alguma coisa, e logo fui falar com a Suzana que me tranquilizou e falou que não era tudo aquilo, que estava normal.
Depois de 2 semanas tornei a fazer outro ultrasom e com outro medico que me falou que não estava vendo restrição nenhuma que minha bebe não tinha nada ela só era menorzinha, mas não tinha nada de anormal.Nossa gente que alivio nem acreditava que ela estava bem, que era só esperar ela nascer.
Com 39 semanas e 3 dias numa quinta feira a Suzana conversou comigo sobre fazer o parto domiciliar e eu logo fiquei animada e falei com o Clayton que logo topou também e no dia seguinte já fui no consultório pra falar com a Suzana e a Giovana sobre as duvidas enfim deixar tudo certo para a chegada da Emanuelly.
No sábado eu acordei me sentindo diferente sentia que aquele seria meu dia passei o dia muito bem e a noite decidi ir ao mercado comprar umas coisas para o meu parto,saindo de la decidimos ir comer pastel e por volta das 21:30 tive minha primeira contração, nossa que felicidade naquele momento senti que estava chegando a hora de conhecer minha princesa,50 minutos depois tive outra contração um pouco mais forte.Eu sempre vendo no relojo se elas ficavam mais próximas.Era tanta felicidade que eu nem acreditava que eram contrações, então decidi entrar no chuveiro com o Clayton e ele sempre massagiando minhas costas e louco para que ela nascesse logo.
Saindo do chuveiro fiquei na bola fazendo os movimentos que aprendi com as meninas, eu estava tão tranquila que o Clayton queria ate que eu jogasse vídeo game com ele rs .
Umas 2 horas da manhã senti que as contrações estavam mais próximas estavam de 5 e em 3 minutos e comecei a conversar com a Giovana falar oque estava acontecendo e ela logo falou que já estava vindo.E sempre conversando também com a Carol a madrinha da Manu, que estava mais anciosa que todos juntos, e logo falou que já estava vindo também.Por volta das 2:30ª Giovana chegou com a Samara uma Doula de mão cheia diga se por sinal. Uma coisa que me impressionou muito no momento em que elas chegaram e que a Giovana perguntou pra mim se podia fazer um esame de toque em mim coisa que em um hospital eles não te perguntam eles já vão fazendo e não se importam muito (experiência própria), e eu estava com 4 de dilatação e decidi ir para o chuveiro, la tive muitos momentos de anciedade mas sempre me controlando e esperando o momento da Manu.
A Samara e a Giovana sempre me massageando e conversando sempre comigo me destraindo e o mais importante sempre escutando o caraçãozinho da manu , sempre me falando o quanto eu era forte e me elogiando.Sai do chuveiro e fiquei na bola novamente mas não me senti muito confortável e decidi voltar para o chuveiro e comecei a fazer uns exercícios para ajudar a manu a descer e as contrações já estavam ficando cada vez mais apertadas e nesse momento o Clayton veio e me abraçou e me falou o quanto eu era forte, que eu iria conseguir, que ele tinha orgulho de mim e o quanto ele me amava..Todas as meninas me abraçavam a Samara entrou ate no chuveiro comigo ficou toda ensopa coitasa rs.E conforme a dor ia ficando mais forte mais apoio eu tinha.Chegou um momento em que a dor apertou de verdade e eu entrei um pouco em desespero e me lembro que pedia a ajuda das meninas e elas sempre tranquilas me incentivando me falando o quanto eu era capaz.Ate que a Giovana e  a Suzana me falaram para sentar no banquinho de parto, eu não queria, mas por fim me sentei e logo já me vi fazendo força porque aquela era a hora dela nascer, do meu lado direito eu tinha meu marido, ali segurando minha mão me dizendo palavras de incentivo em tudo e do lado esquerdo estava a Samara todos me dizendo para ter calma e falando que minha princesa estava nascendo e enquanto eu fazia força via a alegria nos olhos das meninas, pois a Manu estava vindo ao mundo empelicada uma criança nascendo dentro da bolsa dentro da água uma imagem que vejo no vídeo e já me enche os olhos de lágrimas, pois a Manu veio ao mundo empelicada e com 2 circulares de cordão.
Naquele momento que ela saiu a bolsa estourou na mão das meninas e ela logo já começou a chorar dizendo que estava bem, as meninas tiraram a circular e já me entregaram ela nos meus braços naquele momento eu senti tanta coisa que não dá para descrever eu olhava para o Clayton e via ele chorando ele feliz e emocionado não acreditando que ele também foi capaz de assistir a sua filha nascer, ele foi capaz de me apoiar em todas as decisões, foi em todos os encontros comigo aprendeu tanta coisa para naquela hora naquele momento.
E as 8 horas da manha do dia 30 de novembro a princesa nasceu e veio direto para os meus braços  sentir meu calor, meu amor e ver o quanto ela era esperada, ela era desejada e não acreditava que ela estava ali que a gente tinha conseguido eu e o Clayton chorávamos de emoção eu agradecia as meninas por terem me apoiado me incentivado por serem assim tão especiais.
Elas esperaram o cordão parar de pulsar e quem cortou o cordão foi a madrinha babona que esteve sempre ali, meio que no cantinho dela mas estava ali comigo.
Nos primeiros 5 minutos de vida da minha filha ela já veio para o meu seio para se alimentar só me separei da minha filha para ir do banheiro para o quarto.
E logo meu marido foi acordar o João, pois meu filho esteve sempre em casa comigo dormindo é claro, pois era tarde, mas esteve sempre comigo e ele ficou espantado, pois um dia antes a Manu estava dentro da barriga  da mamãe e acordou ela já tinha saído.
A Manu nasceu com 49 centímetros e 3 quilos em um parto domiciliar em casa tenho muito orgulho em dizer isso, e sempre digo nunca vou me cansar de agradecer as meninas por toda a ajuda e dedicação de todas.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Imperdível


Esse é daqueles vídeos, que falam tudo e um pouco mais do momento em que o mundo está vivendo, de transformações intensas e um grande despertar... E o que é parir, se não se conectar com seus instintos mais selvagens e ouvir sua intuição?
Vale muito a pena!


Relato de Parto Alice, Murilo e Diego (Parto Normal Humanizado -Hospitalar)

Meu relato começa no dia 18/06 quando fui à consulta com meu GO, ele me disse que primeira gestação não espera 42 semanas e sim 41, e eu completava 41 semanas naquele dia, então ele sugeriu aguardar ate sexta feira e se não entrasse em trabalho de parto tentaríamos indução, já me deu a carta de internação e eu fui embora super chateada afinal esperei tanto por esse momento, mandei whats pra Suzana q me sugeriu ir ate o consultório dela e da Giovanna à noite e fui eu RS... ela me examinou e descolou a bolsa pra induzir naturalmente nos conversamos bastante a Gio fez acupuntura e a Suzana fez auriculoterapia. 
Sai bastante empolgada pensando que agora sim entraria em tp. Cheguei em casa tomei um banho quente e o chá q elas me indicaram e fui dormir porque agora sim eu entraria em tp SQN, acordei na quinta feira sem sinal nenhum, então resolvi caminhar e tomar banho o dia todo fui ate em Alambari na feirinha kk e nada... enfim a noite já tinha desistido separei as malas deixei tudo pronto pra sexta feira que as 7hs internaria pra induzir  fazer o que.
E sexta feira às 6hs despertou o celular e eu senti uma dorzinnha, mas pensei comigo “É psicológico imagina que ia entrar em tp agora”, fui ao banheiro e outra dor, entrei no banho e mais uma dor, a Samara minha doula chegou e sai do banho e falei pra ela que achava que estava em trabalho de parto e veio outra dor pensei comigo “ Esse sim marcou com o GO o dia pra nascer kk”....e fomos pro hospital.
Chegamos junto com o medico ele me examinou e disse que estava com quase seis cm de dilatação, mas ainda deixou prescrito Misoprostol pra adiantar um pouco acredito eu.
Fiz um cardiotoco q ele pediu e tive a certeza que deitada não daria pra ficar meu Deus que horror, fui pro quarto e já entrei no chuveiro e fiquei ate a EO chegar pra abrir o pré parto, recebi muitas visitas das colegas de trabalho no chuveiro mesmo RS.
Andei pelo corredor e logo depois fui pro pré- parto, estava super tranqüila me lembro da Fernanda entrar no banheiro e me ver rindo e dizer que estava errado porque eu estava rindo... Mas era tranqüilo mesmo a dor vinha e logo ia embora como uma onda mesmo.


Fiquei no chuveiro quase todo tempo só saia de La pra EO me examinar, revezava fiquei na bola (que era o que mais me aliviava), no chão, na banqueta e quando vinha à contração a Samara fazia massagens maravilhosas e revezava com meu marido que aprendeu a fazer massagem na hora que precisava kk, me lembro que ele e a Sah usam óculos e quando eu olhava pros dois os óculos estavam todo embaçado devido ao vapor do chuveiro e eu achava um sarro.

Foi tudo muito tranqüilo mesmo ate que as coisas pioraram rsrs, porque como disse as contrações vinham e logo iam embora, mas naquela hora (não sei dizer à hora exata) elas vinham e iam embora, mas já vinha outra antes mesmo da ultima acabar e ai eu sai de mim, resolvi que não queria mais brincar daquilo tudo kkk, disse pra Sah e pro meu marido que não queria mais que era pra chamar todo mundo porque eu tinha mudado de idéia kkk e foi nessa hora que conheci outro lado do meu marido a Samara me disse que era assim mesmo q se eu achava q não ia agüentar mais era porque estava no fim e meu marido me deu muita força não me deixou desistir, eu falava pra ele que não agüentava mais e q eu tava falando serio e ele me dizia q também tava falando serio kk. Não me pergunte como é esta dor porque já não me lembro mais.
Logo fui pra cama pra EO me examinar de novo porque ela tinha q chamar a equipe toda. O problema é q depois q deitei começou a vontade de fazer força e não consegui me levantar mais infelizmente a Sah me sugeriu levantar tentar a banqueta ou ficar em pé mesmo, mas eu não conseguia mais.
Depois disso não me lembro de muita coisa, lembro que a secretaria veio avisar q o GO estava entrando numa cesárea naquele momento e q a EO pediu pra chamar a plantonista e eu não deixei porque não me dou muito bem com a tal.
Lembro também que a EO queria colocar soro em mim, mas eu não quis, não tinha por que.
E logo o GO chegou e depois disso só me lembro da minha vida mudando, sim, porque eu renasci no momento em que meu filho veio ao mundo, Murilo nasceu às 13h13min com 3, 460 e 55 cm, veio direto pro meu colo que emoção meu Deus, ficamos pouco tempo juntos logo levaram pra fazer as tais avaliações que foram muito boas com notas 9e 10 de apgar, mas ele voltou rapidinho pra
mim.
Mas ai sim começou meu sofrimento o Murilo mamou, o GO massageou e massageou e massageou de novo (repito porque foi muito tempo de massagem e de dor), mas minha placenta não saiu e pra minha tristeza tive que ir pro centro cirúrgico (ah é não contei q tive meu BB no pré- parto por minha vontade é claro) tomar a tão temida anestesia pra poder tirar a placenta. Mas enfim fazer o que o principal que era meu BB estava bem.
Sei que não foi tudo perfeito que passei por muitos procedimentos desnecessários, mas ainda assim considero que vencemos o sistema porque lutei ate o fim pelo meu parto e ele aconteceu.
Enfim tirando a parte da placenta foi tudo muito maravilhoso só tenho a agradecer primeiramente a Deus por me proporcionar ser Mãe e por colocar pessoas tão maravilhosas no meu caminho.
A Samara Barth que foi minha doula voluntariamente (pois não teria condições de bancar uma) que mulher incrível, humilde, me tranqüilizou tanto que nem eu sabia que podia ficar tão calma, entrou debaixo do chuveiro comigo coitada foi embora tudo ensopa kk, só tenho elogios e gratidão a você e saiba que pro próximo (já pensando em próximo a louca kk) você esta convocada hein!
Ao AGE por me emponderar tanto, por me acalmarem quando precisei, sem vocês acho que teria ido pra uma desnecesarea, e rezo todos os dias pra que esse projeto dure e evolua muito pra ajudar a muitas mulheres ainda. 
A minha Irma Débora por acompanhar todo meu trabalho de parto e de ser minha fotografa kk, você é uma mulher usada por Deus suas orações na fase final do meu parto me ajudaram muito.
Ao meu marido Diego por me apoiar desde o inicio e comprar minha causa em busca do parto normal, pela força pelas palavras q me encorajaram a não desistir, pelas massagens no tp e pelo pai maravilhoso q tem sido te amo. Principalmente por não acreditar em mim quando disse q não queria mais kk.
As minhas amigas Fernanda Brisola, Bruna Domingues, Solange Nery e Neli pelo apoio durante toda minha gestação vocês me deram força pra trabalhar ate o final da minha gravidez adoro vocês demais.
E por ultimo, mas não menos importante a Cris doula, Renata Olah e Gisele Leal vocês mesmo sem saberem me convenceram que o parto normal é o melhor e sonhar com o meu parto por tantas vezes antes mesmo de estar grávida cada relato era um choro de emoção e a convicção de que era aquilo que queria pra mim.


Relato escrito por Alice Neves

Relato de Parto da Natasha, Bruno e Joaquim (Parto Natural Humanizado- Hospitalar)

Dia 30 de julho de 2014 o dia em que o mundo parou e a nossa família nasceu!!!

O show do nosso Joaquim começou no domingo, no ultimo encontro com a Samara Barth, nossa doula,  antes do parto acertamos os últimos pontos do nosso plano de parto, fizemos alguns exercícios de respiração e conversamos muito sobre o tão esperado dia. E não é que ouvindo tudo ele se animou e comecei a sentir  realmente que o meu corpo estava se preparando para a chegada do meu príncipe?

As contrações eram totalmente suportáveis eram parecidas como uma cólica bem fraca e assim foi a madrugada inteira.

Na segunda completaria 39 semanas, minha consulta que seria na terça-feira, foi adiantada pelo medico para segunda-feira a tarde e para a surpresa de todos, ao ser realizado o exame de toque, eu já estava com 4 dedos de dilatação, eu super  me animei!!! Meu GO sugeriu internação, e eu sugeri ir para casa, pois meu trabalho de parto ainda não era ativo minhas contrações não tinha um ritmo certo.

Optei pelo parto natural, e sabia que precisava ter paciência era o momento dele e seria tudo no seu tempo. Na terça-feira, as contrações  já estavam mas frequentes mais ainda sem um ritmo certo, durante todo dia me mantive ativa, lavei roupa, dei varias voltas no quarteirão, fui no mercado caminhando, e as contrações duravam mais tempo mais sem um ritmo frequente, entrei no chuveiro fiquei uma hora cravada no relógio e as contrações pegaram o tal "ritmo" vinham de 5 em 5 minutos e duravam cerca de 20 segundos, entre uma contração e outra ate dava pra sorrir era uma delicia sentir elas, pois tinha certeza que a cada contração que sentia, eu estava cada vez mais perto de conhecer o meu príncipe Joaquim.  Liguei para o papai que estava trabalhando,  ele já trouxe junto a nossa doula que me orientou  ao longo de todo o dia, do nada as contrações começaram a vir de 2 em 2 minutos, e então tinha chego a hora de ir para o hospital, passamos pegar a minha mãe, ligamos para o medico quando já estávamos a caminho do hospital.

Chegamos ao hospital as 21:30, bom a recepção me irritou muito,  primeira coisa que me perguntaram era se eu queria uma cadeira de rodas, perguntei para a enfermeira para que, pois so estava parindo, que coisa chata esse povo achar que uma mulher em trabalho de parto precisa ficar sentada ou deitada, movimento minha gente! Mulheres parindo precisam se movimentar!!!! Recepção de hospital deveria descartar as gestantes, puxa deixa o acompanhante preenchendo todos aqueles formulários e acolham a gestante!!!  Fica a dica.

Depois de toda a burocracia chegou a hora de ser examinada, já estava com 7 dedos de dilatação, dei pulos de alegria, o meu sonho estava perto de se realizar.

"Tá tudo bem, até dá para sorrir!"
Entramos na sala de pré-parto, eu, papai e a minha doula a e fui direto para o chuveiro ele aliviava muito as contrações mesmo sendo gelado e me causando um soluço horroroso que me acompanhou todo TP, as contrações estavam muito fortes mais ainda dava para sorrir entre uma contração e outra, sempre mantendo meu pensamento que a cada contração era uma a menos para o meu bebe chegar, fiquei o tempo todo no chuveiro, alternava entre banqueta e a bola, as dores começaram aumentar muito, doía muito sim e  eu achei realmente que não iria mais conseguir, chegaram a me oferecer anestesia e eu quase aceitei, cheguei ate aceitar na verdade, mas eu tinha um anjo do meu
lado que não me deixou esquecer de todo meu propósito,  a minha doula me trouxe de volta a realidade que a dor já havia me tirado, acalmou meu coração, segurou na minha mão e me fez lembrar que aquele momento era meu, que eu só precisava sentir meu corpo e acreditar nele, me mantive firme na minha decisão.  Já Não havia mais nada que me deixasse confortável a não ser fazer forca, meu corpo pedia isso, me tiraram do chuveiro alegando que não tinha como realizar a manobra para retirada do bebe, na hora da emoção da dor, levantei e fui pra maca isso fez com que o bebe subisse novamente,  quando sai do banheiro tinha uma verdadeira plateia ali, varias enfermeiras, mais o pediatra,  mas na hora nem me toquei de quantas pessoas estavam ali para presenciar uma mulher louca (pois e assim que eles gostam de chamar quem tem essa opção de parto), a parir lindamente sua cria, eles tiverem o privilegio de assistir a minha família nascer. 

Continuei a fazer forca só que agora na maca, onde ficou mais difícil pois a gravidade em si não ajudava muito e eu só lembro do meu GO falando, ta quase..ta quase e esse quase nunca chegava,  foi quando eu olhei para o rosto do meu marido e vi seus olhos cheios de lagrimas, me falando  -  ele  esta chegando, nesse momento resgatei todas as minha forcas, recuperei meu folego e na contração seguinte

ele nasceu e  nós renascemos, a dor passou  imediatamente, houve um breve silencio interrompido pelo choro maravilhoso do Joaquim que chegou ao mundo, quando ele quis as 03:45 da manha com 3200kg e 48 centímetros , foram 7 horas de trabalho de parto ativo, essas  7 horas transformaram a minha vida, fizeram eu descobri que eu não podia ter escolhido pai melhor para o meu filho, nós simplesmente parimos juntos, ele me apoiou, ele acreditou junto comigo que o parto natural era a forma mas respeitosa para o nosso príncipe vir ao mundo, me deu força, fez força, entrou no chuveiro junto, me segurou nos braços quando já não tinha mas forças, selamos naquela madrugada  nosso compromisso, fomos cúmplices do nascimento do nosso filho. Foi mais do que  sonhamos, foi lindo, foi maravilhoso PARIR É FODA DEMAAAAAAS!!!!!!!!!!!! 

"Conseguimos!"



Nós vencemos o sistema, e trouxemos ao mundo o nosso príncipe Joaquim da melhor maneira possível respeitando seu tempo, sem procedimentos pediátricos desnecessários de rotina, ele não foi aspirado, não pingaram colírio nele, o banho foi dado só no dia seguinte eu fui protagonista do meu parto, eu pari sem “sorrindo”, sem corte, sem anestesia e com um companheiro incrível do meu lado.
Visita da doula 8 dias após o nascimento <3
Relato por Natasha Mello 
Pai Bruno Albuquerque